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Voleibol

Âncora 1

Breve história

O voleibol foi criado em 1895, pelo americano William G. Morgan, então diretor de educação física da Young Men’s Christian Association (YMCA).

Uma vez que o basquetebol, desporto já existente, era muito cansativo para pessoas de idade, Morgan colocou uma rede semelhante à de ténis, a uma altura de 1,98m, sobre a qual uma câmara de bola de basquetebol era batida, surgindo assim o voleibol, inicialmente chamado de mintonette.

O voleibol foi introduzido em Portugal pelas tropas norte americanas que estiveram estacionadas na Ilha dos Açores durante a 1ª Guerra Mundial. O Eng.º António Cavaco, natural de S. Miguel, teve um papel preponderante na divulgação do voleibol quando foi para Lisboa, nomeadamente nas Escolas Superiores e Faculdade.

A Federação Portuguesa de Voleibol foi criada no dia 7 de abril de 1947 em Lisboa, sendo presidida por Guilherme Sousa Martins. A FPV seria uma das fundadoras da Federação Internacional de Voleibol. O primeiro campeonato nacional masculino disputou-se em 1946/47 em Lisboa, no entanto a prova feminina apenas começou em 1959/1960. A estreia da seleção portuguesa em provas internacionais deu-se no Campeonato da Europa de 1948 em Roma. A participação num Mundial aconteceu em 1956, no 3º Campeonato do Mundo, em Paris.

Regulamento

O campo

O campo de jogo é retangular (18m x 9m), circundado por uma zona livre (3m). O terreno de jogo é delimitado por duas linhas laterais e duas linhas de fundo que estão traçadas no interior do terreno de jogo. O eixo da linha central divide o terreno de jogo em dois campos iguais de 9 x 9 m, no entanto, considera-se que a largura da linha pertence, simultaneamente, aos dois campos. Em cada campo, uma linha de ataque, com o bordo exterior traçado a 3 m do eixo da linha central, delimita a zona de ataque.

O campo de voleibol conta ainda com a zona de serviço (atrás da linha de fundo), a zona de substituição, zona de troca do líbero, área de aquecimento e área de penalização. A rede encontra-se colocada verticalmente sobre o eixo da linha central. O seu bordo superior está a uma altura de 2,43 m para os homens e 2,24 m para as mulheres.

Âncora 2

As equipas

Cada equipa pode ser composta, no máximo, por 12 jogadores, mas apenas 6 participam no jogo em simultâneo. Um dos jogadores, sem ser o Libero, é o capitão de equipa devendo ser registado como tal no boletim de jogo. Os jogadores que não se encontrem em jogo deverão sentar-se no seu banco ou permanecer na sua área de aquecimento, fora da zona livre.

A equipa é composta por 6 posições. Os três jogadores colocados ao longo da rede são os avançados e ocupam as posições 4 (o jogador à esquerda), 3 (o jogador ao centro) e 2 (o jogador à direita). Os restantes três jogadores são os defesas e ocupam as posições 5 (o jogador à esquerda), 6 (o jogador ao centro) e 1 (o jogador à direita);

A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipa e controlada pela ordem de serviço e pelas posições dos jogadores ao longo do set. Quando a equipa que recebe ganha o direito a servir, os seus jogadores efetuam uma rotação no sentido dos ponteiros do relógio:

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O jogo

A equipa ganha ponto sempre que fizer a bola tocar no solo da área de jogo da equipa adversária, quando a equipa adversária comete uma falta e quando há uma penalização da equipa adversária.

Um set (exceto o decisivo 5º set) é ganho pela equipa que primeiro faz 25 pontos, com uma diferença mínima de dois pontos. Em caso de igualdade a 24-24, o jogo continua até haver uma diferença de dois pontos (26-24; 27-25; etc.).

O jogo é ganho pela equipa que vença 3 sets. Em caso do resultado de 2-2 em sets, o decisivo 5º set é jogado até aos 15 pontos com uma diferença mínima de dois pontos.

As faltas

Uma equipa comete uma falta quando realiza uma ação de jogo contrária às regras ou violando estas de alguma forma. Os árbitros marcam as faltas e determinam as consequências de acordo com as regras. se duas ou mais faltas são cometidas sucessivamente, apenas a primeira é sancionada. Por outro lado, se duas ou mais faltas são cometidas simultaneamente por jogadores adversários, é considerado falta dupla e a jogada é repetida.

As faltas acontecem quando: uma equipa realiza 4 toques antes de a enviar para o campo adversário, um jogador, dentro da área de jogo, se apoia num colega ou numa estrutura para contactar a bola, um jogador toca na bola duas vezes consecutivas, ou quando a bola é agarrada e/ou lançada.

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Âncora 3

Conteúdos

Passe alto

O passe é o gesto técnico mais utilizado no voleibol, pois está presente nos momentos defensivos e ofensivos do jogo. Na defesa, o passe permite defender bolas em condições favoráveis, como por exemplo uma bola alta. Pode ainda ser utilizado para atacar e pontuar, sendo que no mais alto nível, raramente se utiliza o passe como gesto de finalizaçãos. O passe desempenha um papel preponderante na construção do ataque, uma vez que desencadeia o jogo ofensivo.

Receção manchete

A manchete é utilizada em alternativa ao passe quando este não tem possibilidade de ser utilizado, como quando a bola assume uma trajetória demasiado baixa. É utilizada maioritariamente como receção ao serviço, receção ao ataque adversário e para salvar bolas muito baixas que não permitam a jogabilidade com o passe.

A manchete é realizada em posição baixa e à frente do corpo, com os membros superiores em extensão. Os antebraços devem estar sempre unidos, através da união das mãos, estando estas uma em cima da outra com os polegares juntos. O movimento da manchete tem início nos membros inferiores e é realizado de baixo para cima numa posição que facilite a sua deslocação.

Serviço por baixo

No serviço, pretende-se que o servidor envie a bola por cima da rede e para dentro dos limites do campo adversário, colocando a bola em jogo, sendo o único momento no voleibol em que o jogador tem um controlo total sobre uma habilidade.

Para que o serviço seja bem realizado, o jogador deve fletir o tronco, com pé contrário à mão livre adiantado. A bola deve estar colocada no prolongamento do braço livre e a mão que segura a bola situada ao nível da cintura. A mão do batimento é colocada junto à bola, executando posteriormente um movimento para trás e para cima, de modo a preparar o batimento. O braço de batimento deve manter-se em extensão durante o movimento de trás para a frente e a zona de contacto com a bola é a palma da mão (mão rígida, dedos estendidos e juntos).

Posição Base

Esta deve ser uma posição que permita ao jogador deslocar-se no campo com facilidade e aplicar os gestos técnicos com a devida oportunidade, para que tenha a maior eficiência possível durante o jogo.

Os membros inferiores encontram-se ligeiramente afastados, à largura dos ombros e semifletidos, com um pé ligeiramente mais à frente que o outro. O tronco deve estar ligeiramente inclinado à frente com os braços ao lado do corpo e semifletidos. O olhar deve estar sempre dirigido para a bola, permitindo assim controlar a trajetória da mesma.

Finalização/Remate

O remate consiste numa ação atacante de batimento, o mais forte possível e com uma só mão para o campo adversário, dificultando a sua receção. Quanto mais alto for realizado o remate, mais difícil se torna a ação defensiva.

A execução deste gesto técnico é composta por 4 fases: a corrida; o salto; o batimento e a queda.

O remate inicia-se com uma corrida de balanço de dois ou três passos enquadrados com a trajetória da bola. Em seguida, é feita a chamada a dois pés, com o pé contrário ao membro superior que vai rematar ligeiramente à frente, levando à realização da impulsão do tronco na vertical. De seguida, e após armar o braço, o batimento deve ser feito à frente do corpo, no ponto mais alto do salto, com extensão do membro superior. A bola deve ser tocada com mão aberta, de cima para baixo, através da flexão do pulso. Por fim, após realizar o remate, a receção deve ser feita em equilíbrio, amortecendo a queda com a flexão dos membros inferiores.

webgrafia:

Federação Portuguesa de Voleibol. 2022. “VOLEIBOL - Livro de Regras.”

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